Histórias Exportadoras

19/09/2024 15:00h

A Da Tribu é especializada em joias produzidas com algodão ecológico banhado em borracha da Amazônia e conta com o apoio da ApexBrasil para vender as peças no mercado internacional

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Uma empresa de acessórios sustentáveis e de impacto social em Belém do Pará consegue vender peças para outros países com o apoio do programa Mulheres e Negócios Internacionais, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). A Da Tribu é especializada em joias produzidas com algodão ecológico banhado em borracha da Amazônia.

O negócio começou em 2010, quando Kátia Fagundes desenvolveu os primeiros acessórios — feitos de papel artesanal, crochê e diversos materiais sustentáveis — como forma de ter autonomia e garantir o sustento da casa e dos três filhos. Entre eles, a filha Tainah Fagundes se tornou sócia criativa da Da Tribu, contribuindo para o desenvolvimento de produtos inovadores e sustentáveis.

Durante a participação em uma feira de tecnologia social, em 2014, Tainah descobriu a borracha natural da Amazônia e decidiu agregar esse material na produção dos acessórios da Da Tribu.

“Eu e minha mãe queríamos fazer um negócio diferente com a borracha, que fosse inclusivo, participativo. Então foi dessa imersão da feira que a gente vai pra comunidade, ouve, entende, pesquisa sobre a borracha, contextualiza isso em uma forma de gerir que traga valores de uma ONG para dentro de um modelo de negócio de impacto com os valores da Amazônia, em uma relação mais humana, mais justa e sustentável.”

Desde então, a Da Tribu passou a contar com a parceria de famílias da comunidade de Cotijuba, distrito de Belém (PA).

“Hoje, os homens estão envolvidos na extração do látex e as mulheres estão na produção dos fios e tecidos e também na produção das joias orgânicas, junto com a minha mãe, que está na coordenação de todo o processo. O fazer da borracha é artesanal, predominantemente masculino, do corte da seringueira e tudo mais. Então, a gente está totalmente envolvido com essa relação da comunidade; a comunidade faz o manejo correto.”

Segundo Tainah, a Da Tribu tem um projeto de expansão para mais quatro comunidades mapeadas na Ilha de Marajó e nas outras ilhas de Belém. 

Internacionalização

Os primeiros sinais do potencial exportador do empreendimento surgiram quando os turistas estrangeiros, que visitavam Belém, compravam os acessórios da Da Tribu para levar aos países de origem. Mas, em 2018, se concretizaram as oportunidades de exportação das joias e dos fios e tecidos feitos de borracha natural. 

Tainah diz que no empreendedorismo de impacto social “não tem como não saber da ApexBrasil”. Por isso, ela já participou de vários programas e eventos promovidos pela agência, entre eles, o Mulheres e Negócios Internacionais. 

“A participação da Da Tribu nos programas e eventos da Apex — um espaço de visibilidade, de credibilidade — é muito relevante para a gente. Esses espaços de incentivo às feiras contribui e reforça o nosso crescimento, amadurecimento e presença no mercado internacional”, avalia.

A sócia criativa da Da Tribu detalha o que aprendeu com a Apex, que já coloca em prática no processo de exportação dos acessórios.

“Com certeza, a gente já coloca em prática esse olhar de como o mercado entende no rigor da qualidade, do acabamento, da precificação, do material todo adaptado para o idioma do comprador; a importância da Amazônia para esses mercados. Então, como a gente conta sobre esse diferencial todo e como mostrar isso no material. Com a Apex, a gente reforça o quanto a gente está bem alinhado, o que nos deixa seguros para essas oportunidades que vão surgindo.”

Hoje, a Da Tribu já exporta para México, Nova York (Estados Unidos), Canadá, Itália, França, Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra) e Argentina.

Mulheres e Negócios Internacionais

Criado em junho de 2023, o programa Mulheres e Negócios Internacionais é uma iniciativa da ApexBrasil com o objetivo de promover, qualificar, apoiar e potencializar as exportações de empresas lideradas por mulheres, por meio de cursos, rodadas de negócios e outras ações.

Desde o início do programa, já foram realizadas mais de 30 ações, com mais de 70 parceiros, resultando no crescimento de 33,4% no número de empresas apoiadas. A sócia criativa da Da Tribu, um dos negócios beneficiados pela iniciativa, recomenda a participação no programa para outras empreendedoras.

“Com certeza, o programa é muito importante para o amadurecimento do negócio. Mesmo que ele não esteja pronto ainda, é importante se preparar para quando a oportunidade chegar. Então é necessário esse suporte que o programa nos dá. É rico demais a gente estar ali estudando, se preparando enquanto empreendedora, dona de seu negócio, para entender como o mercado está demandando para não perder as oportunidades”, recomenda.

Para mais informações sobre o programa Mulheres e Negócios Internacionais, clique aqui. Para conhecer outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

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18/09/2024 03:01h

Após aprimoramento de processo de exportação, o Memorial J. Borges pode eternizar as obras do xilógrafo, falecido em julho de 2024, por meio da venda para colecionadores e apreciadores brasileiros e estrangeiros

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José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges, foi um dos mais renomados mestres da xilogravura brasileira. Nascido em 20 de dezembro de 1935, na cidade de Bezerros, em Pernambuco, ele nos deixou em 26 de julho deste ano. Mas suas obras ficarão eternizadas no acervo do Memorial J. Borges, espaço onde ele trabalhava e expunha suas criações.

Inicialmente, os apreciadores e colecionadores da arte do xilógrafo tinham que ir até Bezerros para adquirir uma de suas matrizes e xilogravuras originais. Mas hoje, por meio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Memorial J. Borges consegue expandir o alcance de suas obras para além das fronteiras brasileiras.

Edna Silva, administradora do Memorial J. Borges, conta que, além da grande demanda de clientes brasileiros, sempre houve interesse de pessoas que queriam levar as obras do xilógrafo para fora do país. 

“Quando eu vim pra cá em 2010, além das obras dele já estarem no Brasil inteiro, eu vi que o pessoal pedia muito para exportar. E nós não tínhamos ideia de como isso acontecia. Eu só conseguia vender se fosse em pouca quantidade.”

As primeiras obras a atravessarem a fronteira do Brasil foram transportadas pelos correios e eram enviadas em poucas unidades, como se fossem presentes. “Eu não tinha noção que poderia ser exportado por transportadora, que teria a questão do invoice. Então, era somente isso”, conta a administradora que, na época, não sabia sobre o documento que deve ser emitido em transações comerciais internacionais, como se fosse uma nota fiscal.

Arte brasileira pelo mundo

Logo após a pandemia, Edna fez um curso de capacitação com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). A administradora do Memorial J. Borges detalha a diferença no processo de exportação após se capacitar. 

“Foi quando tivemos o contato com a Apex, que eu entendi que precisava ter um invoice. Nós começamos a vender para lojistas também, porque aprendemos a fazer esse processo. Começamos a enviar para o transportador, que não sabíamos que conseguia enviar. Então, isso tudo, eu consegui adquirir esse conhecimento por meio do curso que eu fiz com a Apex.”

A administradora conta que, quando começou, o Memorial J. Borges ainda não tinha site, redes sociais ou e-mail. Com os conhecimentos adquiridos no Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), o empreendimento aprimorou a divulgação das obras por meio dessa vitrine virtual com acesso para o mundo inteiro.

“Hoje nós temos um site; só que pelo site ainda não vêm [clientes] de fora. Eles vêm por meio do Instagram. Às vezes, eles estão em um restaurante, encontram a obra de Borges e pegam o contato. E eu acredito que 90% vêm pelo Instagram, porque nós expomos as obras de Borges e eles sempre perguntam: ‘ah, manda para o exterior?’ Os lojistas, a mesma coisa.”

Segundo Edna, o aprimoramento da exportação ajudou, inclusive, a aumentar a visibilidade do artista no mercado interno. 

“Muitas pessoas da região não têm noção do quão longe vai a obra de Borges, a obra de nossos artistas. Então, com certeza, isso influenciou muito, porque eles viram que não é uma arte que fica só aqui. Ela é admirada no mundo inteiro.”

Ela também lembra da satisfação que o próprio artista sentia ao saber que sua obra era reconhecida no mundo todo. 

“‘Ah, Borges, hoje veio uma pessoa lá de Oslo e está querendo comprar a sua gravura. Assina aqui. Outra veio de Portugal, outra veio da França, outra veio da Suíça, outra veio dos Estados Unidos’. Então ele ficava admirado. Ele falava: ‘nossa, minha gravura está aí’. Eu dizia: ‘está. Está indo bem longe’.”

Peiex

O Peiex oferece capacitação para empreendedores de todos os portes que querem começar a exportar de forma planejada e segura. Por meio do programa da ApexBrasil, o empresário recebe um diagnóstico detalhado do negócio, além de um plano de exportação personalizado, com as etapas necessárias para que a empresa se torne apta a exportar.

Entre 2021 e 2023, o Peiex treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 realizaram exportações, gerando uma receita de US$ 3,16 bilhões.

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

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16/09/2024 03:07h

Indicação Geográfica do café do Cerrado Mineiro é diferencial competitivo no comércio exterior. Apoio da ApexBrasil ajudou produtor no contato com potenciais compradores globais

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Há cinco anos, o produtor agrícola Edson Luiz Ignacio decidiu diversificar os negócios. Em meio ao Cerrado Mineiro, mais especificamente no município de Tapira, ele adquiriu uma pedaço de terra para dar início à produção de cafés especiais. De 2019 para cá,  a Fazenda São Pedro da Canastra já tem plantados cerca de 500 hectares de grãos arábicos.

Segundo Warley Oliveira, administrador da fazenda, desde o projeto inicial do empreendimento, o objetivo era exportar os grãos. “Cafés produzidos em elevadas altitudes oferecem uma qualidade melhor. Foi justamente por isso que teve essa escolha de se produzir café na Serra da Canastra. Então, o projeto já foi desenhado com foco na produção de cafés especiais, com foco na exportação”.

No ano passado, ocorreu a primeira safra da Fazenda São Pedro da Canastra e os cafés colhidos já encontraram destino no exterior graças ao apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Em novembro de 2023, a Apex intermediou um encontro entre cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro com um grupo de 12 potenciais compradores internacionais da África do Sul, Arábia Saudita, China, Índia, Moçambique, Polônia, Portugal e Rússia. 

“O ano passado foi a primeira safra. Então, nós já estávamos de olho em várias ações e, quando teve a oportunidade de participar desse evento da Apex, nós buscamos apresentar os melhores cafés que tínhamos na safra. Então, vários compradores provaram, nós recebemos ótimos feedbacks e conseguimos concretizar esse negócio com clientes da China, que foi, no momento, um preço muito interessante para ocasião”, conta Warley Oliveira.

Identificação Geográfica

Os cafés produzidos na região do Cerrado Mineiro, incluindo os grãos da Fazenda São Pedro da Canastra, foram os primeiros no mundo a receberem o selo de Indicação Geográfica na modalidade Denominação de Origem. Isso significa que características naturais — como clima, solo, relevo, saber-fazer específico — só serão encontradas no café dessa região. 

Para Warley Oliveira, ter o selo de Denominação de Origem garante vantagens competitivas no comércio internacional.

“Hoje praticamente todos os nossos cafés, que são para exportação, saem com o selo Cerrado Mineiro. O nosso importador exige que todos os cafés saiam com isso. Então, para a gente foi muito bom. Ele saiu na frente de vários outros países, outras regiões também.”

O administrador da Fazenda São Pedro da Canastra destaca a importância do trabalho da Apex ao trazer os compradores internacionais para conhecerem pessoalmente o diferencial dos grãos do Cerrado Mineiro.

“Acho super importante, super válido estar trazendo o pessoal para conhecer, porque ninguém sabe produzir café como nós sabemos. Ninguém tem a tecnologia e a expertise que nós temos para produzir café de altíssima qualidade e com consistência e volume. Então, o cliente vendo isso, de forma indireta, a gente acaba tendo um ganho.”

Além da venda para a China, hoje o café São Pedro da Canastra também exporta para a Polônia, Holanda, Austrália, Alemanha, Nova Zelândia e já está em fase avançada de negociação com clientes nos Estados Unidos.

Brasil na Vitrine

A exportação do café São Pedro da Canastra para a China vai ao encontro da assinatura de um Protocolo de Intenções entre o governo brasileiro e a Luckin Coffee, uma das maiores redes chinesas de café. O acordo prevê a compra pela rede de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro, em uma transação avaliada em cerca de US$ 500 milhões.

A ação faz parte do programa Brasil na Vitrine, da Apex, que oferece oportunidades aos empreendedores de se inserirem no mercado internacional, por meio da promoção subsidiada e estruturada de produtos brasileiros em redes de varejo no mundo todo.

Para saber mais sobre outros programas e soluções da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.
 

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14/09/2024 12:00h

O empreendedor Odilson Rech é da quarta geração de uma família que fez da produção da cachaça e de outras bebidas alcoólicas sua principal fonte de renda. Antes tímida, exportação voltou a crescer após ele participar de programa de qualificação da ApexBrasil

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O empreendedor Odilson Rech faz parte da quarta geração de uma família que tem na produção de cachaça a sua principal fonte de renda há mais de 85 anos. Recentemente, a Destilaria Rech, localizada em Luiz Alves (SC), deu um importante passo em sua trajetória ao participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Esse envolvimento foi fundamental para preparar a empresa para atender às exigências do mercado internacional, abrindo novas oportunidades de negócios fora do país.

Originalmente, o bisavô de Odilson, fundador da destilaria em 1938, pretendia produzir e comercializar açúcar mascavo, mas isso durou pouco tempo. "O açúcar mascavo era a renda principal e a cachaça era um subproduto desse açúcar. Só que a demanda por cachaça foi aumentando e acabou que o açúcar mascavo ficou em segundo plano e a renda principal se tornou a cachaça. Desde então, a gente vem inovando e aperfeiçoando o processo produtivo para melhorar ainda mais a qualidade", conta. 

A longa experiência da família com a destilaria e a busca constante por aperfeiçoamento se reflete na qualidade do produto, reconhecida em concursos nacionais e internacionais. Segundo Rech, a empresa já conquistou 19 premiações em disputas internas e externas — a maior parte em primeiro lugar —, sendo que, em 2019, conseguiu um duplo ouro em um concurso mundial realizado na Bélgica. 

Ao ver que os turistas do exterior que visitavam a destilaria se apaixonavam pela cachaça e levavam o produto para seus países de origem, o empreendedor passou a enxergar o mercado estrangeiro como uma oportunidade de ampliar o negócio. 

Rech conta que começou a exportar alguns anos antes da pandemia da Covid-19, mas que a venda de cachaça, aguardente e outros destilados para outros países ganhou força depois que ele conheceu a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). 

O empresário conta que participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) o ajudou a se sentir preparado para as exigências de compradores de diferentes países. 

"A virada de chave que aconteceu com a Apex foi que a Destilaria Rech está preparada para a exportação. Isso abriu muitas portas. Hoje, a gente consegue negociar com qualquer país. A gente já tem mais dois possíveis contatos. Acredito que até final do ano a gente consiga exportar, além dos Estados Unidos, para a Alemanha também. É um mercado que a gente sonha, porque  as nossas raízes são de lá", afirma. 

Segundo o empreendedor, fazer negócio com outros países ajudou a dar mais credibilidade à destilaria entre os próprios brasileiros. "Muitos clientes pensam: 'esse produto está sendo exportado, então eles têm um produto legal'", diz. 

A procura pela cachaça familiar aumentou significativamente também como consequência das vendas para o mercado externo. Para atender à demanda, a empresa passou a fabricar dois mil litros de cachaça por dia, ante os mil e duzentos litros que produzia antes. 

Peiex

O Peiex capacita representantes de empresas de todos os portes a entender o funcionamento do mercado internacional e a ajustar seus negócios para a exportação. 

Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações. 

De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

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12/09/2024 04:07h

Fundadora da Saboaria Rondônia, Mareilde Freire de Almeida se capacitou junto à ApexBrasil e hoje exporta cosméticos com os cheiros da Amazônia

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A empreendedora Mareilde Freire de Almeida acreditava que sua empresa de cosméticos sediada em Ouro Preto do Oeste, interior de Rondônia, estava fadada a um mero alcance regional, quiçá nacional. Para a administradora, exportar era coisa "só para os grandes". 

A virada de chave da Saboaria Rondônia — empresa fundada por mulheres empreendedoras rurais — aconteceu quando Mareilde conheceu os programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a ApexBrasil

"No início, eu acreditava que a gente fosse regional, nacionalmente. O internacionalmente eu ainda confesso que carregava que seria só para os grandes. A partir desse contato com a Apex, que desmistifica que exportar também é para o pequeno, tudo se visualiza, o encantamento, aquela vontade de levar ao mundo essa transformação que a gente vem fazendo aqui na vida das pessoas", afirma. 

Após se capacitar em programas da Apex, Mareilde afirma que continuou contando com o apoio da agência para expandir os negócios da Saboaria Rondônia para fora do Brasil.

“Já começamos a participar de reuniões e a Apex sendo a intermediadora disso. Então é importante que o empreendedor já comece a estreitar esse relacionamento com a Apex desde o início para ganhar mais rápido ainda esse alcance de mercado.”

Hoje, a Saboaria Rondônia vende seus produtos fabricados a partir da biodiversidade amazônica para outros países, conta Mareilde. 

"Por meio da Apex, a gente conseguiu ganhar alguns mercados fora do Brasil. No futuro, eu vejo cada vez mais laços bem estreitos para a gente poder levar essa nossa ideia, a riqueza da nossa biodiversidade, a força da mulher empreendedora e, em especial, a rural, o que sem a Apex se torna praticamente inviável, porque a gente enquanto Saboaria Rondônia, tão somente nós, não vamos conseguir criar essas pontes e a Apex é a fonte de construção dessas pontes", acredita.

De acordo com um estudo feito pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre 2008 e 2022, o número de pequenos negócios exportadores cresceu três vezes mais do que as médias a grandes empresas exportadoras. Durante esse período, a quantidade de micro e pequenas empresas brasileiras que passaram a vender para outros países aumentou 76,2%, saltando de 6,5 mil para 11,4 mil, revela o estudo.

Soluções

A ApexBrasil oferece uma série de soluções especializadas para os empreendedores que querem dar o primeiro passo em busca de novos negócios no exterior. Entre elas está a intermediação de Rodadas de Negócios, por meio de reuniões entre compradores, distribuidores e representantes de redes internacionais com empresas brasileiras que querem internacionalizar seus produtos e serviços.

Nessas reuniões, a Apex faz o pareamento entre empresas brasileiras e compradores internacionais com maior potencial de fechar negócio, além de preparar e capacitar os participantes.

Para saber mais sobre as Rodadas de Negócios, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas e soluções da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

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11/09/2024 00:01h

Contando com a cooperação de comunidades tradicionais, empresa produz cosméticos que carregam a qualidade e os aromas inconfundíveis da região amazônica. Depois de apoio da ApexBrasil, negócio passou a vender para outros países

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Um levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta que iniciativas voltadas à bioeconomia inclusiva podem melhorar a qualidade de vida de 750 mil famílias na Amazônia. Esse potencial impacto positivo foi um dos motivadores para a Saboaria Rondônia, localizada em Ouro Preto do Oeste, no interior do estado, buscar o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). 

Por meio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), a empresa se capacitou para levar seus cosméticos, que capturam a essência e o aroma da região amazônica, para mercados internacionais. A Saboaria Rondônia deve seu sucesso à cooperação com comunidades indígenas e ribeirinhas, que fornecem os ingredientes essenciais para a produção de seus cosméticos de alta qualidade. 

Nesta nova matéria da série de reportagens sobre histórias inspiradoras de empreendedores brasileiros que decidiram exportar seus produtos, conheça a trajetória da administradora e pós-graduada em cosmetologia Mareilde Freire de Almeida. 

Empreendedorismo feminino

Embora seja natural de Minas Gerais, foi em Rondônia — onde vive há quase 50 anos — que ela deu início à primeira indústria de cosméticos do estado, gerenciada por mulheres rurais, ainda no ano de 2015. "Eu entendi que a riqueza da nossa biodiversidade pode ser transformada em solução. Inicialmente, eu estendi esse convite às mulheres da minha família, em especial as que estão no contexto rural", recorda. 

Os gargalos logísticos e a precariedade de acesso a serviços simples, como à internet, não impediram que a fabricação de cosméticos com a cara da Amazônia continuasse. "Nós estávamos determinadas a fazer a diferença".

Por trás de cada xampu, condicionador, creme e outros produtos de beleza há uma mensagem valiosa, diz a fundadora da Saboaria Rondônia. "A gente começou a abordar comunidades ribeirinhas e indígenas e estamos criando a nossa rede de expansão para deixar um legado, fazer com que as pessoas entendam que manter a floresta em pé pode e deve ser rentável."

Da Amazônia para o mundo

A empreendedora acreditava que exportação era coisa para empresas de grande porte, mas diz que conhecer a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) mudou essa mentalidade. 

"A Apex representa para a minha empresa a "ponte" para fazer essa travessia, porque com o know-how e a capacitação que eles conseguem te dar, a gente teve muitas oportunidades e grandes resultados", afirma Mareilde. 

Ela conta que participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) foi importante para adquirir conhecimento e experiência em mercado internacional. Tudo isso contribuiu para que a Saboaria Rondônia conquistasse mercados fora do Brasil. 

"Eu mesma me qualifiquei no Peiex e a partir dali as portas começaram a ser abertas. A gente começou a participar de eventos a convite da Apex e, com essa visibilidade e toda essa capacitação, as coisas foram acontecendo. As pessoas tomaram conhecimento da Saboaria Rondônia — e aí a gente foi tecendo essas pontes para o alcance de novos horizontes. A Apex é de suma importância", declara. 

Peiex

Presente em todas as regiões do país, o Peiex orienta os empresários que desejam exportar seus produtos. Os interessados podem entrar em contato com os respectivos núcleos operacionais da ApexBrasil em cada estado do país e assinar um termo de adesão ao programa. 

O atendimento às empresas por meio do programa é gratuito. Basta ao empresário estar disposto a dedicar tempo e a investir na melhoria do seu negócio. O diagnóstico do que a empresa precisa melhorar para acessar o mercado exterior dura aproximadamente 38 horas. O empreendedor recebe um plano de exportação com orientações para internacionalizar sua marca. 

Segundo a ApexBrasil, entre 2021 e 2023, o Peiex atendeu 5.334 empresas. Destas, 827 já estão exportando e faturaram, no período, US$ 3,16 bilhões. Para mais informações, acesse: www.apexbrasil.com.br.

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07/09/2024 00:01h

Fundadora da empresa tecnológica Autocoat, Viviane Nogueira destaca importância de programa de qualificação da ApexBrasil para internacionalização de seu negócio

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A química Viviane Nogueira se deparou com um problema ao tentar avançar com sua pesquisa de doutorado em engenharia elétrica na Universidade de São Paulo (USP). Mal sabia ela que, além de desenvolver a solução para a própria dificuldade, contribuiria com pesquisadores de outras áreas do conhecimento e encontraria uma oportunidade de negócio.

Foi durante esse processo que Viviane se deparou com o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que desempenharia um papel crucial em sua jornada.

"Eu trabalhava com dispositivos eletrônicos orgânicos e buscava uma técnica alternativa à técnica usualmente empregada para fazer películas finas de materiais em meio líquido. Eu desenvolvi equipamentos de sala de laboratório para resolver o problema da minha pesquisa de doutorado, mas depois eu descobri que esse meu problema era o problema de vários outros pesquisadores", conta. 

Ao criar o protótipo de um equipamento chamado blade coating, Viviane viu que outros pesquisadores ficaram interessados na novidade e que ali surgia uma oportunidade de negócio. Foi assim que, em 2020, surgiu a Autocoat — empresa de base tecnológica 100% brasileira. 

A técnica promissora consiste na deposição de soluções de materiais na forma de películas finas e tem inúmeras possibilidades de aplicação, que podem ir de medicamentos a sensores de alta tecnologia e telas de celular. A química exemplifica como o equipamento tem ajudado pesquisadores da área farmacêutica. 

"Geralmente, você toma um comprimido para dor de cabeça. Os pesquisadores estão transformando esse comprimido numa folhinha fina que você vai colocar na boca, vai dissolver e vai entrar direto na corrente sanguínea. Não vai passar pelo estômago. Vai ter um efeito mais rápido. É uma alternativa para solucionar alguns problemas. Tem pessoas que têm dificuldade de engolir comprimido. Esse é um dos exemplos de pesquisa que está sendo desenvolvida com a nossa tecnologia", ilustra. 

Limitação

Antes mesmo de a Autocoat entrar no mercado nacional, Viviane sabia que seria preciso buscar o mercado internacional, uma vez que os potenciais compradores dos equipamentos se resumiam a pesquisadores universitários ou de centros de pesquisa. "Toda oportunidade que a gente enxergava de conhecer o mercado internacional, a gente buscava participar", conta. 

Exportar passou a se tornar realidade para a empresa quando Viviane participou de uma palestra da ApexBrasil. No evento, ela conheceu o Programa de Qualificação para Exportação, o Peiex, iniciativa que prepara empreendedores brasileiros para entrarem no comércio internacional. 

"Uma fala do coordenador do programa me chamou atenção. Ele perguntou: 'Qual é o melhor momento para você participar do Peiex? Não é quando você já está certo de que o seu produto pode ganhar mercado externo. Comece bem antes, porque o processo de exportação é complexo e é bom você começar quando você ainda nem tem produto pronto'. A gente ainda não tinha entrado no mercado nacional, mas resolvi fazer a inscrição."

Segundo a empreendedora, o Peiex foi fundamental para que a Autocoat se preparasse para o mercado externo. "Esse processo de exportação parecia assim, bicho de sete cabeças. De fato, é bastante completo, mas o Peiex nos deu subsídios, nos forneceu informações, nos deixou um pouco mais preparados e seguros para entrar no mercado internacional", revela. 

A Autocoat entrou para valer no mercado nacional em 2022, mas já conseguiu exportar seus equipamentos para outros países. "Eu tenho na mente que no futuro eu vou viajar e ir para laboratórios no mundo onde vão ter nossos equipamentos, com a bandeirinha brasileira", projeta a fundadora da empresa. 

Peiex

O Peiex é uma das iniciativas da ApexBrasil para capacitar os empreendedores brasileiros a ingressarem no comércio internacional. De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

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05/09/2024 00:12h

Marcelo Rodrigo de Arruda se firmou no mercado interno e hoje exporta produtos para oito países

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Quem vê o empreendedor Marcelo Rodrigo de Arruda com sua empresa estabelecida no mercado nacional e exportando para oito países não imagina o quão árdua foi essa trajetória. Falência, vendaval e depressão colocaram tudo a perder. Mas um fator decisivo para conquistar essa transformação foi o apoio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Há cinco anos, o negócio familiar que, hoje, faz sucesso, estava falido. Morando em outra cidade, Marcelo Rodrigo recebeu a missão de voltar para Praia Grande, no litoral paulista, para tentar reerguer a MCA — empresa que fabrica peças de fibra de vidro, como vasos e estátuas. Ao lado da esposa e do filho, sem funcionários, Marcelo fabricava, embalava e entregava todos os produtos. 

Aos poucos, a empresa voltou a conquistar espaço no mercado, o que fez Marcelo ampliar o quadro de funcionários, chegando aos 20 colaboradores. O que ele não esperava, porém, era que depois de tanto esforço, um vendaval violento destruiria as instalações de sua fábrica. "Derrubou nossa empresa. Caiu tudo", relata. 

Tendo que recomeçar, mais uma vez, Marcelo não desistiu. Durante a pandemia da Covid-19, a MCA cresceu, passou a exportar e chegou a ter 50 funcionários. A responsabilidade de lidar com isso pesou sobre os ombros do empresário, que passou a lidar com mais um vendaval, desta vez interno. "Eu entrei em depressão pós-Covid. Não era pelos meus resultados, que eram os melhores, mas eu me senti pequeno para o tamanho da responsabilidade", conta. 

Superação

A volta por cima veio por meio do estudo. "Quando eu saio para refletir o que está acontecendo de errado, eu volto a estudar e procurar empresas que estão no mercado para me trazer conhecimento, para me alimentar do que está dando certo em outros lugares. Foi assim que eu conheci a Apex". 

Junto à ApexBrasil, o empresário descobriu que a empresa estava exportando da maneira errada, o que resultava em gastos elevados com trâmites burocráticos e pouco retorno. "A exportação era um caminho que não nos trazia resultado. Era apenas mais um agregado dentro do nosso negócio".

Após participar do Programa de Qualificação para Exportação, o Peiex, o empresário revela que passou a enxergar o comércio internacional com perspectivas positivas. "Com a chegada da Apex, a gente conseguiu olhar para a exportação como um negócio importante, que tem na divisão de camadas da nossa empresa um percentual [de participação] grande. Está em torno de 30%. A Apex vem pra tirar um negócio que a gente estava abandonando, porque não via resultado, pra ir pra um negócio que, hoje, cresce 15% ao ano", revela. 

Marcelo afirma que deixou de exportar com base na tentativa e erro e, agora, consegue ser mais assertivo nas negociações com compradores internacionais. "Conseguimos usar as ferramentas da Apex para acessar clientes em outros países", diz. 

A empresa, que há cinco anos estava quebrada, é a maior no ramo de fabricação de vasos de fibra de vidro no mercado nacional, segundo o empresário, e hoje já tem clientes em oito países. 

Peiex

O Peiex capacita representantes de empresas de todos os portes a entender o funcionamento do mercado internacional e a ajustar seus negócios para a exportação. 

Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações. 

De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

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04/09/2024 03:00h

Negócio surgiu sem pretensão de alcançar mercado externo, mas sucesso inesperado na Dinamarca fez empresária se capacitar junto à ApexBrasil para alcançar outros países

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Quando fundou a Amarjon Biojoias, a empreendedora de Juiz de Fora (MG) Isabel Ribeiro não vislumbrava o mercado internacional. A empresa que fabrica semijoias a partir de elementos da natureza, como folhas, flores e sementes, só tinha olhos para o Brasil. 

A dificuldade de encontrar público internamente, no entanto, contrastava com o sucesso que os produtos faziam do outro lado do Atlântico, mais precisamente na Dinamarca, onde um cliente revendia os itens da loja.  

Isso fez com que a empresária passasse a considerar as exportações. "Nós vimos o quanto o nosso produto estava valorizado lá fora. Isso despertou em nós o desejo de expandirmos para outros países", lembra. 

Foi então que Isabel conheceu a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). 

"Me indicaram a Apex para que nós pudéssemos adquirir conhecimentos para fazer a exportação de uma maneira melhor e, também, não ficar apenas com o cliente [da Dinamarca], mas expandirmos para outros clientes e outros países", conta. 

A Amarjon Biojoias participou de duas das mais importantes iniciativas da agência: o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) e o Elas Exportam. 

"À medida que a gente teve as capacitações da Apex, nós percebemos que precisávamos olhar não só o produto, mas a marca como um todo: entender o mercado externo, a cultura de cada país, ver como nós poderíamos nos adequar, qual linguagem precisaríamos ter para podermos ter boa aceitação lá fora. Também foi importante entendermos que nós temos que ter um diferencial. Não basta querer exportar", ressalta. 

O objetivo do programa Elas Exportam é aumentar a participação de empresas brasileiras lideradas por mulheres no comércio exterior. Segundo Isabel, participar dessa experiência serviu para impulsionar ainda mais a Amarjon.

"Nós temos aprendido muito com outras mulheres por meio dessas capacitações, das trocas de experiências também. Tudo isso tem agregado bastante."

Sucesso

A Amarjon Biojoias já exporta para nove países, entre eles Estados Unidos, França e Japão. Recentemente, a empresa fechou um acordo com investidores da Turquia para a abertura de uma loja em Istambul. Será a primeira loja internacional da marca, que já conta com três pontos de venda no Brasil. 

Cada passo até o sucesso da empresa foi bastante planejado, característica da qual Isabel não pretende abrir mão. "Muitos empresários querem investir abrindo uma loja Amarjon, querendo que nós tenhamos o modelo de negócio de franquia, mas nós estamos nos estruturando para que esse novo degrau seja alcançado com segurança", avisa. 

Elas Exportam

Um estudo da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em 2023, constatou que 14% das empresas exportadoras brasileiras possuem preponderância feminina em seus quadros societários. 

Em parceria com o MDIC, a ApexBrasil lançou o Elas Exportam. O programa oferece mentorias individuais, oficinas e seminários para auxiliar no desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para a atividade exportadora. 

Para mais informações sobre o Elas Exportam, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

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03/09/2024 11:15h

Empreendedora decidiu fabricar anéis, brincos e outros acessórios a partir de folhas, flores e sementes naturais. Com apoio da ApexBrasil, já está presente nos EUA, França, Japão e outros sete países

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A empreendedora Isabel Ribeiro apostou na diversidade da flora brasileira para mudar a história do próprio negócio, em 2008. Em busca de um produto que pudesse destacar a empresa no mercado de semijoias, ela passou a fabricar acessórios tendo como base uma folha encontrada no Cerrado, em vez dos tradicionais metais. Assim nasceu a Amarjon Biojoias, em Juiz de Fora (MG).

"O início foi bem difícil, porque a biojoia é desconhecida no mercado e o processo produtivo por ser muito artesanal, acaba se tornando de alto valor. Foi difícil entrarmos no mercado, encontrarmos o cliente certo que valorizasse essa produção. Primeiro, começamos banhando apenas uma folha, que era uma folha extraída do Cerrado brasileiro, e aos poucos fomos aumentando com diversas espécies da flora brasileira", conta. 

À medida que a equipe percebia ter a técnica necessária para transformar mais elementos da natureza em semijoias, a empresa aumentava o número de espécies a serem banhadas a ouro. Folhas, flores e até sementes naturais passaram a servir de base para anéis, braceletes, brincos, colares, pingentes e pulseiras. 

Com o passar dos anos, a proposta inovadora e com pegada sustentável passou a atrair cada vez mais clientes no mercado nacional, o que fez a equipe saltar de três para 15 funcionários, aumentando a capacidade produtiva para três mil peças mensais. 

Se no Brasil Isabel teve que vencer uma resistência inicial quanto às biojoias, no exterior a recepção foi diferente. "Um cliente da Dinamarca iniciou de forma pequena e conseguiu atrair investidores para o negócio. Nós vimos o quanto o nosso produto estava valorizado lá fora. Isso despertou em nós o desejo de expandirmos para outros países", revela. 

Processo de internacionalização

Em busca de novos mercados no exterior, a empreendedora conheceu o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O Peiex tem o objetivo de preparar empresas brasileiras para atuarem no comércio global. 

Ela afirma que participar da iniciativa lhe ajudou a entender o comércio internacional com mais propriedade. "Não basta você querer exportar. O que que você apresenta? Quais os diferenciais competitivos que a tua empresa tem para oferecer que vão atrair o mercado externo? Tudo isso vai sendo construído à medida que a gente vai participando de todas as capacitações, de todos os eventos que nos são oferecidos. Isso nos deu suporte para termos uma visão melhor do mercado externo e uma visão melhor da nossa própria empresa, dos processos internos que precisavam ser aperfeiçoados para nós termos uma estrutura melhor e fazermos boas exportações e boas negociações também", explica. 

A parceria com a ApexBrasil deu tão certo que a Amarjon Biojoias já exporta para nove países, entre eles Estados Unidos, França e Japão. Recentemente, a empresa fechou um acordo com investidores da Turquia para a abertura de uma loja com biojoias em Istambul. Será a primeira loja internacional da marca, que já conta com três estabelecimentos no Brasil. 

Isabel diz que a capacitação obtida por meio do Peiex foi fundamental para o crescimento da empresa. "Sem a Apex nós não estaríamos onde estamos. Aconselho a todas as empresas que têm o desejo de expandir no mercado internacional que procurem a Apex. Isso vai agregar e trazer bons resultados", recomenda. 

Peiex

O Peiex é um programa de capacitação oferecido pela ApexBrasil para empresas brasileiras que estão começando o processo de exportação. Por meio de parcerias com instituições de ensino de todo o país, empresários de todos os portes aprendem sobre o funcionamento do mercado internacional e são capazes de ajustar seus negócios para a exportação. 
De 2021 a 2023, o programa já treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

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